Funchal empenhado em apoiar projetos inclusivos na cultura
Cristina Pedra diz que é preciso trabalhar em prol da democratização cultural, “para erguer pontes onde se encontram muros”
A Câmara Municipal do Funchal está empenhada em “abraçar” a criação artística das comunidades locais, valorizando o tecido cultural regional e a promoção de boas práticas cívicas.
Essa foi a nota da intervenção de Cristina Pedra no I Encontro Internacional de Teatro, Comunidade e Artes Participativas, promovido pela HUG, que tem como sócio-fundador a Olho.te – Associação Artística e Solidariedade Social, sediada no Bairro da Nazaré.
Para a presidente do município do Funchal “é importante que cada instituição pública, privada, associação e agente cultural, use as suas diferentes competências e ferramentas para criar em conjunto uma sociedade mais inclusiva, coesa, plural, artística e cultural. Este é um trabalho árduo, diário, que não podemos fazer individualmente. Por isso, temos apoiado várias associações e agentes culturais que fazem parte da programação deste Encontro Internacional e do qual somos parceiros ativos no desenvolvimento de projetos de arte participativa, como o Associação Casa Invisível, a Universidade Sénior do Funchal com o Hugo Andrade e a Associação Musical e Cultural Xarabanda”, salienta Cristina Pedra.
Entre os vários projetos dados como exemplos de boas práticas, a Câmara Municipal do Funchal apoia o “Trégua”, iniciativa que envolve pessoas em situação de reclusão; o documentário “1731 Luz ao Fundo do Túnel”, que transformou espaços e pessoas no Bairro da Nazaré; o projeto “Regador”, que está neste momento a acontecer no Funchal numa parceria com o Teatro Nacional D. Maria e a Fundação Calouste Gulbenkian e ainda outros projetos que são promovidos diretamente pela autarquia, como o “Escutar – Projeto de Residências Artísticas, em Bairros Sociais”, relembra a presidente da CMF.
Para além disso, Cristina Pedra aponta para outros projetos participativos de envolvimento das comunidades fora do âmbito cultural, como o Orçamento Participativo do Funchal, que corresponde ao exercício de uma cidadania ativa e responsável nos processos de governação local, mais especificamente, na decisão participada de uma parcela do Orçamento Municipal do Funchal, sem esquecer o Conselho Municipal para a Igualdade e para a não Discriminação e o Conselho Municipal para a Juventude.
“Contem connosco para trabalhar em prol da democratização cultural e para erguer pontes onde se encontram muros”, finalizou Cristina Pedra a sua intervenção no I Encontro Internacional de Teatro, Comunidade e Artes Participativas, que decorrer no Teatro Municipal Baltazar Dias.