Apresentação da 51.ª edição da Feira do Livro 2025: Cristina Pedra destaca a ”maior Feira do Livro alguma vez realizada no Funchal”

Com um investimento de 150 mil euros, a Feira associa-se aos 500 anos do nascimento de Luís de Camões

A presidente da Câmara Municipal do Funchal, Cristina Pedra, apresentou hoje a 51.ª edição da Feira do Livro do Funchal, o evento cultural mais antigo da Região Autónoma da Madeira.

Cristina Pedra destacou que esta edição 2025, que acontece entre 28 de março e 6 de abril, é “a maior Feira do Livro alguma vez realizada no Funchal”, com o número de editores, livreiros e alfarrabistas a aumentar de 26 para 33, um crescimento de 20% em relação ao ano anterior. “Isto mostra uma grande adesão, porque sem procura não há oferta, de pessoas ávidas por comprar, por folhear, por ler. Ler é uma forma de nos educarmos e de nos desenvolvermos”, afirmou.

Conforme salientou, A Feira reforça ainda as suas ligações com outras regiões insulares, com a presença da editora Publiçor, representando os Açores, e da Biblioteca Nacional de Cabo Verde.

Com um investimento municipal de 150 mil euros, A Feira conta com 34 stands, estendendo-se do Teatro Municipal Baltazar Dias à zona da Sé, passando pela Avenida Arriaga e Largo da Restauração.

São 10 dias de programação intensa, das 10h às 21h, com mais de 100 atividades distribuídas por cinco espaços principais: Teatro Municipal Baltazar Dias, Stand Infantojuvenil no Largo da Restauração, Palco Principal na Avenida Arriaga, Biblioteca Municipal do Funchal, com oficinas sobre a construção de livros com materiais sustentáveis e Museu Henrique e Francisco Franco, onde será apresentado o espetáculo “O Meu Avô”, de Filipe Crawford, inspirado na vida e obra de Cabral do Nascimento.

A Feira associa-se às Comemorações Oficiais dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões. Para assinalar a ocasião, estarão presentes o Comissário-Geral das Comemorações, Professor Doutor José Bernardes, e o escritor cabo-verdiano Germano Almeida, vencedor do Prémio Camões e condecorado duas vezes em Portugal.

Durante a Feira, serão nomeados três autores madeirenses e sua ligação à mitologia insular: Irene Lucília Andrade, Ana Margarida Falcão e Cabral do Nascimento. Além disso, serão lançados 11 livros inéditos, mais um do que no ano anterior, destacando-se títulos como “Da Irene, com Amor”, de Sandro Nóbrega; “Mel de Abelhas”, de Judite Canha Fernandes (vencedor do Prémio Literário Edmundo Bettencourt); e “A Revolução de uma Ilha Pequena”, de Lívia Borges (menção honrosa do mesmo prémio), entre outros.

No total, mais de 250 artistas, autores, músicos, atores e animadores participarão no evento, com nomes confirmados como Patrícia Reis, Luísa Sobral, Isabel Rio Novo, Júlio Pereira, Joana Marques, Valentina Ferreira, Rui Couceiro, José Eduardo Franco, Manuela Vieira, Sofia Vieira e Natália Bonito. O cartaz musical contará com Carolina de Deus, Francisco Lopes, Mela, Diana Duarte, Miguel Gameiro, Xarabanda e Sofia Ferreira.

Outro grande destaque da edição de 2025 é o regresso dos Colóquios sobre Literatura Madeirense, uma tradição interrompida em 2009. A Câmara Municipal do Funchal, em parceria com a Direção Regional de Arquivos, Bibliotecas e Livros, retoma este evento, com o primeiro colóquio a decorrer no Teatro Municipal Baltazar Dias, no dia 31 de março, e sessões subsequentes a 1, 3 e 4 de abril no Arquivo Regional da Madeira.

Cristina Pedra também sublinhou a vertente de sustentabilidade presente na Feira do Livro, que integra a 1.ª Bienal de Arte e Design do Funchal, cujo tema é a ‘Ecologia das Coisas’ e que será inaugurada dentro de duas semanas.