Capela da Boa Viagem com nova programação cultural
A Capela da Boa Viagem-núcleo difusor de arte e cultura contemporânea, situada, na Rua da Boa Viagem, acolhe entre janeiro e dezembro, seis exposições, sete artistas, uma oficina, um concerto, uma conversa, 12 visitas orientadas, seis vídeos documentais, uma publicação e a participação e envolvimento de três associações culturais.
Um investimento da Câmara Municipal do Funchal superior a 30.000 euros, anunciou o presidente da autarquia durante a apresentação da programação das atividades culturais para 2023, que decorreu ao final da tarde de ontem, na Capela da Boa Viagem.
Vão passar por aquele espaço, sete artistas com a curadoria de Hélder Folgado: Carolina Vieira, Laura Pilar Delgado, Miguel Ângelo Martins, Fernanda Botelho, Sara Rodrigues, Rodrigo Camacho, Dele Edeyemo, Catarina Braga e Miguel Ângelo Marques.
Pedro Calado, que tem a seu cargo o pelouro da Cultura, ressalvou a importância na valorização dos artistas locais e enfatizou a aposta da CMF na cultura da cidade privilegiando os jovens talentos.
Por sua vez, o curador Hélder Folgado destacou o facto da Capela da Boa Viagem, fundada em 1655, fazer parte de uma plataforma nacional de Arte Contemporânea, divulgando desta forma os eventos culturais que estão a decorrer naquele espaço, ligando o Funchal ao mundo.
Além da apresentação da programação dos eventos culturais, foi inaugurada, uma exposição da jovem artista madeirense, Carolina Vieira, intitulada ‘Tudo o que Foi/Tudo o que Será’, que ficará patente ao público até 10 de março.
A artista apresenta pinturas numa alusão aos elementos naturais: a pedra, o vento a água, o sol e a lua.
Carolina Vieira, nasceu em 1994, no Funchal, licenciada em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e Mestre em Pintura pela mesma instituição. Expõe regularmente desde 2015, tendo participado e vencido o Prémio Rainha Isabel de Bragança, no XXIX Salão de Primavera do Casino Estoril, em 2016. A sua prática artística utiliza a paisagem para explorar aspetos materiais da própria pintura – composição, forma, transparência, luz e cor – como também a utiliza por ser uma linguagem que permite trabalhar conceitos imateriais como o sublime, através da construção de imagens que são tanto lugares imaginados, como reais.