CMF aposta na inclusão através da cultura
O presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF), Pedro Calado, acompanhou, sábado, a visita encenada “Prazer em conhecer, Baltazar” que, desde 2019, vem divulgando a história aos mais novos através da representação de uma história. A sessão foi dirigida à comunidade surda.
Além da visita, foi atribuído o nome gestual ao Teatro Municipal Baltazar Dias. Baltazar Dias foi poeta, dramaturgo, romancista português, escritor e era cego.
Acompanhado da vereadora com o pelouro da Área Social, Helena Leal e da Diretora do Departamento da Cultura da CMF, Sandra Nóbrega, o presidente da autarquia apontou como objetivo desta visita encenada, ajudar esta comunidade a sentir-se cada vez mais integrada.
“Achamos por bem, mostrar à comunidade surda o que é o teatro, para sentirem e vivenciarem de uma forma diferente. Queremos uma inclusão de todos e para todos e a cultura é um bom exemplo”, salientou.
O edil referiu que a CMF tem vindo apostar, cada vez mais, na inclusão, lembrando que ainda esta semana, foi aprovado uma majoração do subsídio municipal para o arrendamento destinada a pessoas portadoras de deficiência.
O presidente da autarquia garantiu que tem sido feito um “caminho positivo” de inclusão, apontando o facto de o Teatro Municipal Baltazar Dias integrar, pelo segundo ano consecutivo, a Rede de Teatros com Programação Acessível. Ao longo da temporada, são promovidos vários espetáculos para surdos e invisuais.
Foram personagens desta visita encenada, Catarina Claro e Xavier Miguel que deram vida a Augusta, a antiga costureira, e ao Conde de Arnoso, responsável pela inspeção do Teatro para a visita do rei D. Carlos em 1901. Uma viagem de 121 anos no tempo.
A iniciativa insere-se na semana que assinalou o Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa (15 de novembro), em articulação com a Escola B1 Eleutério de Aguiar e da Associação de Surdos, Pais, Familiares e Amigos da Madeira, que assinala 20 anos de existência e tem por objetivo a implementação de ações que contribuam para melhorar a qualidade de vida da comunidade surda, que representam mais de mil pessoas na Madeira.