CMF dá a conhecer trabalho do Parque Ecológico na conservação das espécies
A Câmara Municipal do Funchal desenvolveu ontem uma atividade de observação e de sensibilização para a conservação dos morcegos no Parque Ecológico do Funchal, como forma de assinalar o Dia Mundial da Vida Selvagem.
A iniciativa, inserida no programa de atividades das Eco-Escolas, envolveu alunos do 8º ano da Escola Horácio Bento de Gouveia, numa oportunidade de ficarem a conhecer os trabalhos de conservação efetuados pela Câmara Municipal do Funchal, na salvaguarda da biodiversidade, conforme lhes foi transmitido pela vereadora Nádia Coelho.
Depois de uma breve palestra, os alunos envolveram-se numa sessão de trabalho de campo, com a colocação de abrigos em alguns locais do vale da Ribeira dos Cales.
«Apesar de não se saber o real impacto dos grandes incêndios de 2010 e 2016, julga-se que a diminuição do habitat e de locais de abrigo teve impacto nas populações destes animais. Neste sentido, a colocação de abrigos é importante para fornecer um lugar seguro para a espécie se reproduzir e se proteger de predadores, contribuindo para a sua conservação, mas, também, para que, as suas populações sejam monitorizadas a longo prazo, permitindo à comunidade cientifica obter mais informações», refere a vereadora com o pelouro do Ambiente, Nádia Coelho.
No âmbito deste programa, os alunos terão a oportunidade de acompanhar a monitorização dos abrigos de Morcegos do Parque Ecológico. Essa atividade de monitorização está programada para decorrer três vezes durante o ano letivo (outubro/novembro, março/abril e maio/junho).
No arquipélago da Madeira, os únicos mamíferos nativos estão representados por 3 espécies de morcegos insetívoros: o morcego da Madeira (Pipistrellus maderensis), o morcego arborícola pequeno (Nyctalus leisleri) e o morcego orelhudo cinzento (Plecotus austriacus).