CMF disponibiliza-se para, em conjunto com outras entidades, promover a reinserção dos reclusos
A Câmara Municipal do Funchal (CMF) assinou ontem um protocolo de colaboração para a implementação do projeto TRÉGUA – Práticas Artísticas para a Reinserção Social.
Decorre do convite formulado pela Direção Geral de Reinserção e Serviço Prisionais (DGRSP) ao Município do Funchal e insere-se no projeto que tem por objetivo promover o empreendedorismo e a inclusão pela arte, em parceria com a Associação Casa Invisível, parceiro da área artística que irá implementar o projeto com 12 reclusos do Estabelecimento Prisional do Funchal.
Durante a assinatura do protocolo, o Presidente da autarquia do Funchal realçou a importância da iniciativa tendo em vista a integração social e laboral através da arte, promovendo a capacitação de pessoas em situação de reclusão pela aquisição de competências técnicas e artísticas, tendo como ponto de partida a preservação das tradições e da identidade madeirense.
Ao longo de 16 meses, o projeto TRÉGUA irá contribuir para a valorização e preservação d e algumas tradições madeirenses. Serão trabalhadas, num primeiro módulo, as competências pessoais e sociais, seguindo-se o módulo dedicado às competências técnicas e artísticas.
A Câmara Municipal do Funchal, para além de ter assumido um papel de mediação e agilização desta parceria, irá acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos, sendo que os artigos decorrentes do projeto serão colocados à venda no Viveiro de Lojas do Funchal, revertendo a totalidade da receita para os reclusos envolvidos no projeto.
O presidente da autarquia do Funchal acredita no «sucesso» do projecto, considerando tratar-se de um bom exemplo que se dá a toda a sociedade. «Queremos que seja um projeto exemplar e inovador da nossa boa vontade».
Pedro Calado adiantou que a CMF tem procurado ter «uma visão mais à frente» para em conjunto com outras entidades materializar o apoio social aos mais vulneráveis. «Estas pessoas que estão no Estabelecimento Prisional do Funchal a cumprir penas não podem ser marginalizadas. O verdadeiro trabalho de reintegração e de reeducação começa no primeiro dia de entrada na cadeia. Temos de aproveitar dentro do possível as suas competências no mundo ativo. E este projeto é um bom exemplo para através das artes e da cultura trabalhar estas pessoa».