CMF lança “Literatura (d)e Migrações”: projecto percorre vários espaços do Funchal
Dentro das iniciativas desenvolvidas na área da Diáspora e das Migrações, sob a tutela da Vereadora Ana Bracamonte, a CMF lançou o projeto “Literatura (d)e Migrações”.
Com sessões mensais, a atividade percorre diversos espaços do Concelho do Funchal, com sessões de leitura e dramatização de textos em português, para diversas faixas etárias da comunidade migrante e local.
Esta iniciativa tem como objetivo não só facilitar a aprendizagem do Português, Língua não Materna, como também partilhar as histórias, culturas e identidades locais e das comunidades da diáspora. Fala-se de interculturalidade e multiculturalidade.
Ciente de que a aprendizagem da língua é uma barreira significativa na integração dos imigrantes, a autarca manifestou o seu foco em promover a leitura na língua portuguesa, por forma a contribuir na integração linguística e cultural da comunidade imigrante, abrindo portas e incentivando uma maior compreensão e aceitação mútua entre imigrantes e a comunidade local.
A primeira sessão do projeto teve lugar, na sexta-feira, 28 de fevereiro, na Universidade Sénior do Município, com o tema “Madeira, minha ilha irmã” e contou com a presença da poetisa são-tomense Olinda Beja, que presenteou aos assistentes com a leitura de um conto sobre a Madeira, integrado na sua última obra Chão de Canela, que tinha sido já apresentada, em 2022, no Funchal.
Tendo recebido o Grande Prémio Literário Francisco José Tenreiro, em São Tomé e Príncipe, Olinda Beja, que “escreve livros, conta e canta histórias sempre que o seu coração lhe pede” deu a conhecer os sons, os cheiros e as palavras de seu país, numa homenagem à cultura são-tomense e à lusofonia.
Note-se que, no evento de leitura de contos, em diversas línguas, realizado, na Aldeia de Natal, em 2024, foi realizada a leitura dum poema desta autora por uma estudante internacional de São Tomé e Príncipe, residente no Funchal há 3 anos.
Além dos alunos da Universidade Sénior, estiveram presentes elementos da Associação Cultural e Recreativa dos Africanos da Madeira (ACRAM) e da Presença Feminina, que representam a comunidade migrante dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOPS).
Olinda Beja esteve de visita na cidade do Funchal a propósito das comemorações dos “50 anos de Descolonização Portuguesa”, organizado pelo Grupo de História da Escola Secundária Francisco Franco e da ACRAM.