CMF promove sensibilização para a proteção das árvores públicas em obras de construção civil
A Câmara Municipal do Funchal está a distribuir pelos serviços internos, empresas de construção civil e munícipes que requerem licença de obras, um folheto informativo, com o intuito de promover a sensibilização para a salvaguarda das árvores públicas em locais onde estejam a decorrer obras de construção civil, conforme revela a vereadora da CMF com o pelouro do ambiente.
Nádia Coelho dá como exemplo prático desta intervenção, a obra de recuperação do Centro Comercial Europa, em que os troncos das árvores existentes em frente ao edifício encontram-se revestidos com um material que as protege, evitando desse modo, danos que poderão, a médio longo prazo, resultar em podridões, condicionando o estado fitossanitário do exemplar, assim como comprometer a gestão efetuada pelos serviços camarários.
Segundo explica a autarca, o manual de boas práticas elaborado pela Divisão de Jardins e Espaços Verdes Urbanos indica as regras e obrigações que devem ser cumpridas para a sobrevivência das árvores, tanto durante, como após as obras de construção.
São apresentadas várias orientações, com enfoque na Zona de Proteção da Árvore (ZPA) – que corresponde à área de projeção da copa no solo, onde se encontra, maioritariamente, o sistema radicular – assim como o planeamento de valas e escavações fora dessa ZPA, de acordo com as indicações da Divisão de Jardins e Espaços Verdes Urbanos.
O documento detalha o que deve ser ou não feito, sendo de realçar a proibição de cortar raízes e ramos sem autorização, pregagens e amarrações, a menos que sejam autorizadas, e aplicação de herbicidas ou qualquer outro produto químico.
O documento reflete a aposta da autarquia na preservação do ambiente, indicando todos os procedimentos a adotar para evitar danos nas árvores, revela Nádia Coelho, danos esses que poderão motivar coimas, conforme Regulamento de Espaços Verdes, Parques e Jardins (REVPJ), que poderão oscilar entre os 25 e os 3.500 euros.
Sendo o Município do Funchal a entidade responsável pela preservação e conservação dos Espaços Verdes, Nádia Coelho destaca a importância do reconhecimento público e o cumprimento destas medidas para o equilíbrio ecológico e ambiental das paisagens urbanas, sublinhando que há exemplares de porte e raridades únicos, que pela sua singularidade têm de ser protegidos e preservados.