CMF reforça medidas para melhor a circulação no centro da cidade
A partir desta segunda-feira, 4 de setembro, a Câmara Municipal do Funchal vai reforçar a sinalização de trânsito nos locais afetos às operações de transportes públicos e proibir o estacionamento nas ruas Visconde Anadia e Brigadeiro Oudinot, em particular no segmento que vai da Ponte do Carmo à Praça da Autonomia.
Sendo esta uma zona crítica, que sofre consistentemente de interrupções no fluxo regular de veículos, o que dificulta significativamente a rotina diária dos cidadãos e a rápida intervenção dos serviços de emergência, pretende a autarquia contribuir, desta forma, para que condutores e peões possam circular de forma mais eficiente e segura, refere Bruno Pereira, vereador com o pelouro do trânsito.
Para fazer face ao aumento da atividade turística, e aos impactos que esta tem na mobilidade no centro da Cidade do Funchal, a Câmara Municipal do Funchal também não irá renovar a licença dos circuitos efetuados pelos autocarros de dois andares (Hop On Hop Off), nomeadamente entre a Rua 5 de Outubro e a Rotunda do Infante.
“Com esta decisão pretende-se disciplinar e conferir maior fluidez ao trânsito na parte mais central da cidade, atendendo à grande dimensão das viaturas em causa e à baixa velocidade de circulação das mesmas”, sustenta Bruno Pereira.
200 mil pessoas/dia no Funchal
“Atualmente, quando se considera o número de pessoas a circular no Funchal, há que ter em conta não só os habitantes, mas a população flutuante, aquele que é proveniente de outros concelhos e que trabalha nesta cidade ou desloca-se para usufruir das múltiplas comodidades e serviços, e os turistas que aqui estão hospedados. Isto tudo somado, faz com que o Funchal conte com uma média diária de mais de 200 mil pessoas.
Esta média diária revela uma pressão substancial na rede rodoviária municipal, particularmente no centro urbano da Capital”, justifica o vereador da CMF.
“Com o crescente número de pessoas a circular no Funchal, tem-se verificado um correspondente aumento pela procura de estacionamento, formação de filas de espera junto aos parques de estacionamento no centro, maior procura pelos lugares resrevados a operações de carga e descarga e intensificação dos serviços de recolha de resíduos e limpeza urbana. Também se registam práticas de paragens temporárias para a entrada e saída de residentes e turistas, e uma tendência crescente para a prática de estacionamento irregular nos passeios, nas vias de trânsito, em segunda fila, junto aos semáforos, nas passadeiras e nos lugares de estacionamento reservados a transportes públicos e turísticos, táxis, de cargas e descargas e deficientes”, salienta Bruno Pereira.
“Consequentemente, os peões são obrigados a circular na faixa de rodagem e os restantes utilizadores da via pública são obrigados a realizar manobras de desvio e mudança de vias de trânsito, o que resulta num aumento das filas, com repercursões na gestão semafórica dos pontos de conflito e agravamento do congestionamento em alguns pontos críticos à normal circulação rodoviária na cidade”, sustenta.
Disciplina e bom senso
“A questão fulcral é que se não existir disciplina e bom senso das pessoas, a alternativa é intensificar a fiscalizaçãode forma articulada com a PSP. Ou as pessoas entendem que os seus atos têm um impacto significativo na vida da cidade ou dificilmente conseguiremos ultrapassar os constrangimentos que diariamente são colocados. “O que éu não posso aceitar é que o ato irreponsável de uns quantos possa continuadamente atrapalhar a vida de todos”, adverte.
Eu ainda acredito que podemos lá chegar por vida do diálogo e da sensibilização”, adianta o vereador do município.