Começaram as obras da reconstrução da “Confeitaria Felisberta”
A “Confeitaria Felisberta”, situada à rua das Pretas n. 61 a 63, em São Pedro, no Funchal, fundada em 1837 e ainda na memória de muitas gerações, vai reabrir dentro de um ano.
As obras de reabilitação e adaptação do edifício arrancaram em Novembro e o prazo de execução está estimado em 360 dias. Um investimento próximo dos 500 mil euros. A CMF vai lançar, em breve, a abertura de um concurso para a concepção e exploração do espaço.
O projecto da autoria do arquitecto Paulo David, respeita a fachada existente, introduzindo apenas alguns elementos que venham consolidar a estrutura das paredes actuais bem como resolver todo o tipo de circulação e infra-estruturas necessárias, não comprometendo a integridade do perfil urbano da rua e desta zona da cidade. A cor verde final da fachada é para manter e até o letreiro ainda existente com a designação de ‘Confeitaria Felisberta’ é para replicar. Será feito um levantamento para manter estes elementos originais.
O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, acompanhado do Vereador Bruno Pereira, empreiteiros da obra e de outros elementos do Departamento de Infraestruturas e Equipamentos, bem como do arquitecto Paulo David e do presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, Manuel Filipe, visitou as obras para se inteirar da intervenção que será feita no prédio.
No piso térreo funcionarão todas as zonas de confecção que corresponde ao antigo espaço da “Confeitaria Felisberta”, um espaço principal de venda ao público com um balcão de apoio e uma vitrine central recriando a memória do antigo espaço, onde também irá constar uma galeria de acesso e laboratório da confecção dos produtos e de exposição de algumas receitas da antiga Felisberta ou fotografias do antigo espaço. Serão recuperadas as receitas antigas dos doces e o fabrico dos produtos será feito à vista dos clientes.
Já no piso 1, funcionará uma casa de chá. O espaço recuperado pretende repor um pavimento em soalho como anteriormente, restaurar as caixilharias em madeira e reparar todas as paredes envolventes. As janelas serão mantidas em madeira deixando entrar a luz que será controlada pelo exterior com portadas de ripado e madeira. Esta empreitada inclui ainda a recuperação do forno existente e o logradouro.
Pedro Calado garante que o prédio será adequado às condições de habitabilidade necessárias para um melhor conforto e funcionamento do espaço, segundo uma lógica de funcionamento de serviços e restauração aberto ao público.
Também anunciou que a CMF vai lançar em breve a abertura de um concurso para a concepção e exploração do espaço da confeitaria. Por outro lado, revelou que a autarquia vai aproveitar esta reconstrução de raiz para «criar um ciclo de conferências de recuperação patrimonial do edificado na cidade do Funchal».