Dia da Europa na CMF: Cristina Pedra salienta importância da integração europeia e necessidade de se valorizar «a nossa condição de seres humanos»
No âmbito das celebrações do Dia da Europa, que ontem se celebrou, a Câmara Municipal do Funchal organizou um conjunto de iniciativas que decorreram, ontem, na Praça do Município, e hoje, na Sala da Assembleia Municipal, sob o mote “Funchal uma Cidade da Europa no presente e no futuro”.
Deste modo, hoje, além da assinatura de um protocolo entre a CMF e o Clube Europeu da EB/PE Dr Eduardo Brazão de Castro, com vista à realização de eventos ligados a assuntos europeus, aconteceu uma conferência, cuja sessão de abertura foi realizada pela presidente da autarquia, tendo ainda intervenções de Pedro Valente Silva – Chefe do Gabinete do Parlamento Europeu (em Lisboa) sobre a “A importância da participação nas eleições europeias” e “A ultraperiferia no contexto europeu”, proferida por Nuno Teixeira, eurodeputado entre 2009 e 2014, que tiveram a moderação de Marco Melo da Escola Dr Eduardo Brazão de Castro, seguindo-se ainda um debate, moderado por Marco Teles do Europe Direct Madeira.
Nas suas palavras, Cristina Pedra, que frisou ser a «Europa um trajecto que foi feliz» e que deve ser continuado, valorizando «a nossa condição de seres humanos», lembrou alguns dos problemas e ameaças que pairam sobre a Europa, nomeadamente referindo que a própria «democracia não está segura», bem como aos antagonismos, agressões, invasões e guerras que hoje vivem, sendo que, no caso destas, estão cada vez mais desumanas e tecnológicas, mais feitas à distância. consoante temos visto.
A presidente da CMF lembrou também a importância que a Europa teve no desenvolvimento de Portugal, uma importância que foi além dos ditos «subsídios», apontando a paz e a qualidade de vida que a integração europeia trouxe.
A autarca apontou ainda outro problema existente na Europa. O excesso de burocracia e muito legislação, indo além, «muitas vezes no que se exige a grandes potências económicas», ou seja, «mais papista do que o Papa», com a agravante dos Estados-Membros, nalgumas situações, ainda aprofundarem mais ainda essas directivas e regras.
Cristina Pedra salientou a «plena liberdade de pessoas, capitais e bens», tal como o valor da democracia, para se poder participar neste projeto europeu, não se esquecendo do percurso que se deve continuar a fazer, nomeadamente, no que se refere aos «direitos fundamentais», algo que deve ser feito «desde pequeninos».
Por fim, realçou a necessidade de os Estados-membros trabalharem, «em rede», de modo a poderem responder, conjuntamente, aos desafios que se apresentam, incluindo a segurança.