É preciso haver maior divulgação do trabalho científico sobre o mar
O Presidente da Câmara do Funchal participou no encerramento do 1.º Encontro do Mar – “Um Mar de Oportunidades”, promovido pela Secretária Regional do Mar e Pescas, que decorreu, durante dois dias no Colégio dos Jesuítas – Universidade da Madeira.
Numa altura em que a economia do mar tem vindo a ganhar protagonismo e dimensão não só à escala internacional, mas também na Região, o Presidente da Câmara Municipal do Funchal garantiu hoje que vai dar continuidade à política de investigação científica no concelho do Funchal, nesta área do mar. Pedro
Calado defende um maior incentivo ao trabalho científico que tem sido desenvolvido na Região e uma maior comunicação dos trabalhos à população.
Pedro Calado enalteceu todo o trabalho científico em torno destas matérias, embora reconheça que «os imensos artigos científicos que são apreciados e estudados a nível internacional e a nível mundial não têm expressão pública na Região».
Deu o exemplo da aquacultura. Quem está preocupado com a sustentabilidade dos ecossistemas, quem está preocupado com o ambiente, com a alimentação, com a fauna marinha, tem de discutir seriamente estes temas com conhecimento científico em vez de politizá-los.
Também referiu que os recursos marinhos não são infindáveis. «Há limites e é preciso criar alternativas. Das duas uma: ou morremos à fome para proteger a natureza ou vamos usar a natureza de forma correta para sustentarmos o nosso crescimento económico. O que pedia hoje à comunidade científica é que ajude aos decisores políticos a transmitir melhor o conhecimento que nós temos de passar lá para fora, mas de forma prática e pragmática para que as pessoas entendam efetivamente o que estamos a defender».
No entender de Pedro Calado, quem está no poder político tem de conciliar todas estas matérias, tem de conciliar a defesa da natureza e do crescimento económico.
Pedro Calado defendeu ainda o projeto de ampliação do molhe da Pontinha, para defesa da nossa costa e prometeu defender a qualidade ambiental das nossas águas.
O presidente da CMF julga que Portugal deveria dar mais atenção aos recursos marinhos, tendo destacado que na Madeira há um claro benefício com o turismo marítimo. “Temos mais de 600 mil turistas que visitam a Região, em mais de 300 escalas, mas é preciso potenciar um turismo de qualidade e de crescimento económico”, sublinhou.