Frente MarFunchal com resultados positivos em 2022
Empresa municipal detida pela Câmara Municipal do Funchal deixa de estar em falência técnica
A empresa municipal Frente MarFunchal terminou o ano com um saldo positivo, de cerca de 100 mil euros, apresentando capitais próprios positivos. Assim sendo, deixa de estar em falência técnica.
Em apenas um ano, Pedro Calado e a sua equipa inverteram os sucessivos resultados negativos, pelo que, para já, deixa de ser necessária a injeção de verbas do orçamento municipal na Frente MarFunchal.
Recorde-se que, em 2020, a autarquia foi obrigada a injetar 1 milhão de euros para cobertura de prejuízos e, em 2021, esse valor ascendeu a perto de 600 mil euros.
As contas de 2022 da empresa municipal serão apresentadas nas próximas semanas, após a sua aprovação em assembleia-geral, mas é um dado certo que já durante este primeiro ano completo da gestão da nova administração, a empresa atingiu o equilíbrio financeiro, deixando assim de estar em risco de dissolução, como aconteceu nos últimos anos com a anterior gestão.
Pedro Calado assume com satisfação resultados que validam opções tomadas
Recorde-se que, após as eleições autárquicas de outubro de 2021, a nova vereação liderada pelo atual presidente da Câmara, Pedro Calado, nomeou um novo administrador, Rui Cortez, com a clara missão de manter em funcionamento a Frente MarFunchal e de estancar os sucessivos anos de prejuízos apresentados pela anterior vereação.
De acordo com Pedro Calado, “este resultado foi possível graças a uma profunda transformação na gestão da empresa, com mérito para o grande empenho e profissionalismo de todos os colaboradores da Frente MarFunchal, e para o Dr. Rui Cortez, que implementou eficazmente a estratégia que delineámos.”
Neste momento, a reestruturação de que a empresa foi alvo no início de 2022, com a saída de alguns funcionários, encontra-se “complemente encerrada”, realçando Pedro Calado o facto de ter sido possível alcançar acordos entre as partes e “sem qualquer processo ter chegado a tribunal, uma vez que esta administração sempre defendeu na íntegra os direitos e obrigações das partes e pugnou pela reposição da paz social na empresa, coisa que não encontrámos, de todo, quando iniciámos o nosso trabalho”, sublinhou.
“Em boa hora decidimos manter a empresa e funcionar, contra todas as tentativas da oposição e da vereação anterior, para que que a fechássemos. Felizmente, o tempo veio a nos dar razão. Era preciso fazer aquilo que nunca tiveram coragem ou não o sabiam fazer: implementar uma boa gestão nos dinheiros públicos”, atira Pedro Calado.
Frente Mar estava desacreditada
Já Rui Cortez, administrador da empresa municipal, é perentório em afirmar que “encontrei uma organização com uma gestão estagnada e em muitas áreas completamente obsoleta, com colaboradores desmotivados e muito receosos do seu futuro, devido à permanente instabilidade vivida nos últimos anos”. Mesmo assim, conseguimos equilibrar as contas e, ao mesmo tempo, reforçar o investimento em conservação e reparação, uma vez que muitas infraestruturas nos complexos balneares e nas praias de livre acesso, se encontravam a necessitar de obras, de maneira a evitar que se colocasse em risco a segurança dos utentes.
Empresa pode agora concorrer a apoios com fundos comunitários
O vereador com o pelouro da Frente MarFunchal, Bruno Pereira, acredita que se encerrou um capítulo conturbado na existência desta empresa municipal, que muita tinta fez correr e que muita atenção centrou durante a campanha eleitoral das autárquicas 2021.
Bruno Pereira frisa que “o principal objetivo era o de reequilibrar financeiramente a Frente Mar e retomar a normalidade naquilo que é a sua principal função, de prestação de um serviço de qualidade. O caminho é para prosseguir”, garante.
O vereador da Câmara Municipal do Funchal salienta que “com o equilíbrio financeiro conseguido, e com o términus de uma operação deficitária, foi possível a empresa abater o seu passivo, de um montante de dois milhões de euros, em 2021, para os atuais 830 mil euros. Ou seja, menos de metade em um ano, o que permitiu fechar 2022 com capitais próprios positivos, podendo agora a empresa concorrer a apoios com fundos comunitários, coisa que não era possível nos anos mais recentes, sendo mais uma ferramenta que permitirá desenvolver projetos com mais valias para a cidade do Funchal”, reforça.