Funchal lançou catálogo do Museu A Cidade do Açúcar
Pedro Calado destaca a importância de preservar o legado: “o mais importante que deixamos às futuras gerações”
Foi ontem apresentado, no Museu A Cidade do Açúcar, o catálogo da exposição permanente, passados 34 anos das escavações, e 27 da inauguração do Museu. São 140 páginas de história de um ciclo e de todos os objetos que compõe a exposição permanente.
“O legado que deixamos para as futuras gerações é muito mais importante que todo o investimento que se possa fazer quer financeiro quer logístico”, referiu o Presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, na apresentação da obra que aborda os momentos históricos do ciclo do Ouro Branco na cidade do Funchal, através dos objetos provenientes da casa de João Esmeraldo.
Na cerimónia, que reuniu várias figuras da história, da cultura e da arqueologia, entre as quais Francisco Serpa e Rui Carita, que acompanharam as escavações da Praça Colombo, de onde provieram muitos dos objetos expostos no Museu, tendo estes partilhado, na ocasião, memórias das escavações, Pedro Calado reiterou a aposta na educação para “ajudar as futuras gerações a entender quem somos e de onde viemos”.
O autarca enalteceu o trabalho de toda a equipa envolvida neste projeto, que realça, “vem complementar tudo aquilo que se tem feito que é materializar a nossa história, fazendo-a perdurar no tempo, como fizemos em 2008, com o lançamento de 54 obras de história dos 500 anos da cidade do Funchal.
O Museu A Cidade do Açúcar (MACA) localizado na Praça Colombo, onde outrora fora uma das residências do comerciante Janine Esmenaut, conta com cerca de três décadas de existência. Foi aberto ao público a 15 de junho de 1986. Neste espaço museológico onde se encontram expostos os achados arqueológicos das escavações iniciadas em 1989 (Pátio dos Estudantes, Colégio dos Jesuítas, Solar Dona Mécia e Palácio dos Cônsules), retrata o período do ouro branco e do desenvolvimento da cidade do Funchal.
O catálogo, produzido pela Câmara Municipal do Funchal, teve como coordenador cientifico o professor Rui Carita, presente desde 1989 na história do Museu e coordenação editorial de Carla Gouveia, responsável pelo MACA, Sara Canavezes da Divisão de Biblioteca e Museus e Carlos Diogo Pereira da Imprensa Académica.