Mercado dos Lavradores com mais 10 espaços comerciais
O valor médio das rendas ronda os 300 euros
A Câmara Municipal do Funchal atribuiu o direito de exploração de 10 espaços comerciais no Mercado dos Lavradores. A assinatura dos contratos com os comerciantes realizou-se, ontem, terça-feira.
Cristina Pedra considera que os novos espaços comerciais irão mudar a imagem «estagnada e deprimente» que marcou os últimos anos do Mercado, com particular incidência no terceiro piso daquele edifício. Há anos que o mercado apresentava muitos espaços vazios, um deles com mais de 5 anos.
Com a atribuição do direito de exploração destes novos espaços comerciais, a partir do dia 1 de março, o Mercado dos Lavradores ganhará nova vida e nova dinâmica comercial.
Cristina Pedra lembra que quando o executivo liderado por Pedro Calado tomou posse, a taxa de ocupação do Mercado era de 75%. Com a assinatura das novas concessões a taxa passou para os 89 %. «Prometemos e cumprimos a primeira promessa», sublinha.
A segunda promessa foi a de que «não iriamos compactuar, nem permitir rendas unitárias por mês de 5,6 e 7 mil euros, pois isso era condenar ao fracasso».
A vice-presidente da CMF, que tem sob a tutela dos Mercados Municipais, salienta que foram desenvolvidos esforços no sentido de passar a praticar «rendas justas, sustentadas e equilibradas» que vão dos 250 a 400 euros, ou seja, a média das rendas das 10 adjudicações agora concretizadas ronda os 300 euros.
«Com rendas substancialmente inferiores às praticadas atualmente e ajustadas à realidade do mercado estão criadas as condições para a viabilidade dos negócios», garante a autarca. «Infelizmente a CMF não pode ir ao passado retificar e regularizar situações que consideramos incomportáveis. O nosso compromisso foi não enveredar na mesma política errada».
Cristina Pedra assegura que a sustentabilidade financeira dos Mercados Municipais é um desígnio do atual executivo e realça a adequação dos valores das rendas, o que na sua opinião favorece o investimento privado e consequentemente a criação de emprego.
Nesse sentido, a vice-presidente da autarquia do Funchal perspetiva que os Mercados Municipais vão ganhar um novo rumo adequando-os às exigências do presente e para aos desafios do futuro. «Será garantido o equilíbrio entre a tradição e a inovação, o que permitirá captar e fidelizar novos clientes, hoje mais informados e exigentes».
No entender de Cristina Pedra impunha-se uma nova estratégia sustentada na reabilitação dos espaços para garantir proximidade aos comerciantes e satisfação do cliente.
De um total de 23, existem ainda 13 espaços vazios, mas a vice-presidente assegura que a autarquia vai continuar a trabalhar para abrir brevemente esses espaços.