No 50º aniversário da descolonização portuguesa: Ana Bracamonte realça políticas de integração da CMF
A vereadora Ana Bracamonte, que tutela, entre outros pelouros, o da Diáspora e Migrações esteve, hoje, presente, na iniciativa organizada pelo Grupo de História da Escola Secundária de Francisco Franco e a Associação Cultural e Recreativa dos Africanos da Madeira (ACRAM) para comemorar os 50 anos da descolonização dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Esta iniciativa, que começou hoje, prolonga-se até sexta-feira com uma programação diversificada, incluindo, no último dia, um sarau cultural, “Sons, Ritmos e Sabores dos PALOP”.
Na sua intervenção, Ana Bracamonte realçou a importância da data e do evento, já que «celebrar este marco histórico é, de facto, uma oportunidade para refletirmos sobre o passado e celebrarmos as conquistas e a diversidade cultural que tanto enriquece a nossa sociedade», adiantando ainda que «os conceitos de Migração, Acolhimento e Integração são uma presença constante na nossa realidade. Residem na nossa cidade cerca de 7 mil cidadãos estrangeiros, de mais de uma centena de nacionalidades diferentes», razão pela qual e «devido ao crescimento da comunidade imigrante, no Município do Funchal, surgiu a necessidade da criação do pelouro da Diáspora e das Migrações» na autarquia, «com o intuito de direcionar o trabalho já realizado pelos diversos serviços da autarquia para as necessidades específicas das nossas comunidades».
Lembrando que não existe, no caso da comunidade imigrante oriunda dos PALOP «barreira linguística», salientou quais devem ser «os focos no seu processo de integração».
Em concreto, «na Integração Social, onde devem ser promovidas redes de apoio que sirvam de suporte social aos recém-chegados, o que se verifica nos nossos centros comunitários, no incentivo à participação comunitária e à integração cultural, através da organização de eventos que promovam a interculturalidade, iniciativas estas que integram a nossa programação anual e que crescem de ano em ano, na Integração laboral, onde, por exemplo, realizamos anualmente um fórum de emprego, que este ano contará com sessões dedicadas aos nossos imigrantes, oferecendo formações que proporcionem ferramentas para integrarem o mercado de trabalho, na área de formação, na qual se enquadra o nosso Programa Municipal de Formação e Ocupação em Contexto de Trabalho, ao qual podem candidatar-se cidadãos estrangeiros residentes no Funchal e, de forma transversal, com a realização de iniciativas que promovam a sensibilização e o respeito pela diversidade».
Mas «este trabalho só pode ter sucesso se for desenvolvido em rede», consoante concluiu, dai que a CMF colabore «com outras entidades públicas competentes nesta área» mas também «com os nossos parceiros do associativismo. A Associação ACRAM e a Associação Presença Feminina, no Funchal, são exemplos claros deste esforço colaborativo, que pode sempre ser melhorado e é nesse sentido que trabalhamos».