O Funchal está a esgotar o que é possível fazer no desagravamento fiscal
O Funchal está a esgotar o que é possível fazer no desagravamento fiscal
Pedro Calado assume-se defensor da baixa fiscalidade para atrair mais investimento e criação de emprego
No encerramento da II Conferência subordinada ao tema’ Uma Reforma Fiscal para o Século XXI’, que decorreu, ontem de tarde, no Pestana Casino Park Hotel, o Presidente da Câmara Municipal do Funchal garantiu que o atual executivo municipal tudo tem feito para imprimir a dinâmica de baixar a carga fiscal para os mínimos possíveis. “Estamos a esgotar o que é possível fazer”, assegurou, sublinhando que este é o caminho que as empresas e a população precisa ter: “um regime fiscal muito baixo, para atrair investimento e criação de postos de trabalho”.
Pedro Calado salientou que a Madeira tem dado passos muito objetivos em matéria fiscal, lembrando que é a região do país com o mais baixo IRC, tendo implementado um regime diferenciado para a costa Norte e para o Porto Santo.
O edil refere que a Região poderia dar mais um passo significativo se a nível nacional permitissem baixar as taxas de IRC e de IRS.
O presidente da autarquia do Funchal pediu que se olhasse para as especificidades que cada região tem. “Isto de querer gerir um País com as especificidades que existem nos Açores, na Madeira e no Continente e querer gerir de uma só forma uniformizada, julgo que não dá bom resultado”, afirmou.
O autarca entende como um bom caminho a fazer no futuro, um sistema mais adequado aos recursos e às necessidades de cada uma das regiões.
Pedro Calado adverte que Portugal está num caminho completamente “errado” com um nível de fiscalidade muito elevado, empobrecido, envelhecido e a perder competitividade.
“Nós estamos a perder, ano após ano, competitividade e a prova disso é estarmos cada vez mais na cauda da Europa”, vincou, apontando como um dos grandes problemas a questão da produtividade.
“Temos que criar um país que consiga gerar oportunidades, nomeadamente ter carreiras aliciantes em várias profissões, sobretudo na função pública por ser um setor que contribui muito para a população ativa do país”, enfatizou.
A conferência, com base no livro coordenado por Joaquim Miranda Sarmento ‘Uma Reforma Fiscal para o Século XXI’, foi realizada pela Secção Regional da Madeira da Associação Fiscal Portuguesa no âmbito do seu 1º aniversário.