Pedro Calado participou no Portugal Smart Cities Summit: Funchal aposta nos transportes públicos gratuitos
Pedro Calado participou hoje na 9º edição do Portugal Smarte Cities Summit, que decorre presentemente em Lisboa, na FIL – Parque das Nações.
O presidente da Câmara Municipal do Funchal esteve presente no 1º painel “Cidades inteligentes e sustentáveis: a realidade, os projectos e os desafios, das autarquias”, conjuntamente com os presidentes das autarquias do Seixal e Leiria, bem como o vice-presidente de Lisboa e ainda o vice-presidente da cidade de Senica, Eslováquia. Um painel que teve a moderação do jornalista da CNN-Portugal, Anselmo Crespo.
Na sua intervenção, o presidente da CMF voltou a reiterar a importância de não se importar «esquemas pré-definidos ou idealizados noutras cidades», isto por causa das especificidades de cada urbe, tendo apontado o caso do Funchal e de algumas das suas características, desde o envelhecimento da população residente, aos números da população visitante, bem como à orografia particularmente difícil, situação que coloca, como realçou, «problemas na mobilidade eléctrica».
Uma das apostas de futuro para o Funchal passa pelos transportes gratuitos, afirmou o autarca, realçando que esta é uma mais-valia para a população, destacando a importância de se ter transportes públicos mais sustentáveis, mais pequenos e com maior números de frequências.
Assim, os transportes serão gratuitos para os jovens até aos 23 e para os cidadãos com mais de 65 anos. E, para quem tiver mais de 75 anos, haverá quatro viagens de táxi entre 10 e 12 euros cada.
O edil realçou ainda a modernidade do Funchal no que se refere às comunicações, nomeadamente no que se refere à cobertura com 5G, o que é «pertinente para jovens, turismo e empresas», sendo que o futuro do Funchal passa por ser uma cidade cada vez mais amiga da longevidade e dos mais jovens.
Sobre a questão da aplicação das tecnologias à segurança nas cidades, o presidente da autarquia referiu algumas problemas, em particular no que se refere à legislação existente e ao excesso de burocracia.
No caso do Funchal, como destacou, «investimos quase dois milhões de euros no CIGMA – recolhe toda a informação do que se passa no Funchal (32 câmaras instaladas de vigilância e vamos ter mais 80 no final do primeiro semestre. Um investimento todo pago pela CMF mas as imagens só podem ser visionadas pelas PSP», situação que levanta problemas sobre a utilidade da informação disponível, apontou, até pelos poucos recursos humanos da PSP.
Outro problema eixistente são o prazo dos concursos públicos, que demoram demora imenso tempo. Ou seja: «depois do tempo demorado, no concurso e no investimento, os dados não podem ser trabalhados. Passam a vida a arranjar problemas esta é a realidade do país. Muita burocracia e legislação que nos impedem de sermos rápidos e eficientes. Daí as dificuldades em resolver estes problemas»
«Para que queremos as câmaras?! Não para um big brother, mas para ter a cidade mais segura. Em Jersey, a polícia tem esse sistema a funcionar e funciona às mil maravilhas», permitindo, sobretudo, agir rapidamente, consoante explicou.
Pedro Calado lembrou ainda que o Funchal tem «meios financeiros, temos capacidade de análise (salientou as propostas que fez –ao Ministério da Administração Interna – mas há sempre uma problema com as áreas de actuação», daí realçar que, na prática, falta segurança, ainda para mais com cada vez mais turismo nas cidades portuguesas.