Pedro Calado pede à Administração Interna «soluções rápidas» e de «curto prazo» para melhorar a segurança no Funchal
«Foi uma reunião longa», embora «produtiva» que o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, manteve, hoje, nos Paços do Concelho, com a secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, já que foram postas «em cima da mesa dados concretos e soluções concretas, que já tínhamos apresentado ao Ministério da Administração Interna, já em Dezembro de 2022», em anterior reunião, explicou o autarca no fim do encontro, adiantado que a autarquia quer «soluções rápidas» e de «curto prazo»
«Naturalmente que estão identificados os problemas, estão identificadas as situações», continuou Pedro Calado, apontando que a autarquia até compreende «alguma dificuldade, que é nacional, de implementação de medidas práticas. Agora, aquilo que pedimos foi um olhar mais atento sobre uma realidade que hoje afecta muito as Regiões Autónomas, que é uma realidade que, felizmente, ainda não chegou ao Continente» e que tem a ver com a introdução «das «drogas sintéticas a uma velocidade muita rápida».
«Aquilo que nós alertamos, é que a velocidade de implementação destas drogas sintéticas tem sido muito superior à capacidade de apresentar soluções concretas»; sintetizou.
Por estas razões, «estamos e somos colaborantes em todas as medidas», mas, explicou, «não prescindimos de nenhuma solução que possa ser apresentada», adiantando que esta foi uma aposição apresentada à SEAI, «sejam soluções de curto, médio ou longo prazo», até por haver «um longo trabalho a fazer», e que a CMF já está a efectuar (sensibilizações no terreno para a problemática do consumo de drogas, implementação do Conselho Municipal de Segurança, entre outras).
«Agora por parte da SEAI houve uma medida concreta que era a formalização dos Contratos Locais de Segurança», estando a autarquia disponível para isso. Aliás, «estamos disponíveis para subscrever todas e quaisquer soluções», todavia, ressalvou, «o que pedimos foi agilizada e rapidez, sobretudo medidas de curto prazo», até porque «a forma como a população tem sido afectada, urge soluções rápidas».
Sobre estas medidas, no imediato, o presidente da CMF, salientou que a autarquia reconhece «todo o trabalho, esforço e profissionalismo» da PSP, «um trabalho «muito positivo» e em articulação com a CMF e Juntas de Freguesia, inclusive com reuniões quinzenais, «não há nada a dizer», mas «há uma lacuna e uma falta de efectivos da PSP no terreno», não de equipamentos, até porque relembrou o Governo Regional tem ajudado a equipar a PSP.
Ainda sobre os número de efectivos, o edil apontou que dos polícias que vêm para a Região este ano – 36 – cerca de 35 vão para o Aeroporto da Madeira, «para substituir o trabalho do SEF», daí o pedido por parte da autarquia do reforço efectivo de «mais meios humanos» dada a situação como o aumento de «turistas e de eventos» no Funchal , nem que «seja para ter um efeito dissuasor e também para uma segurança visível para toda a população»
Ainda assim e em abono da correcção, como realçou, há «abertura» por parte do MAI «para dialogar e encontrar soluções» para a situação.