Pedro Calado quer formação específica para detentores de cargos públicos
Presidente da CMF lançou desafio à Bastonária da Ordem dos Contabilistas
No encerramento do I Encontro Insular de Contabilistas Certificados que decorreu, sexta-feira, no Museu da Casa da Luz, o presidente da Câmara Municipal do Funchal deixou um «desafio» à bastonária da OCC, Paula Franco, para que «tente influenciar» alterações significativas de forma a que haja «uma mudança de mentalidade» no que é exigido a quem detém cargos políticos.
Neste sentido, Pedro Calado salientou ser «cada vez mais importante na gestão pública» que os «decisores políticos» tenham «formação específica», de modo, a poderem «desempenhar as funções» correctamente, sobretudo do ponto de vista do cumprimento da legalidade.
Se assim não acontecer, se esta mudança não se verificar, reforçou o presidente da CMF, o país não «anda para a frente».
Pedro Calado abordou ainda a necessidade de revisão da lei de finanças regionais, afirmando que «não há», no estado, «coragem política», não há coragem «para se tocar na ferida» e fazer alterações à lei.
Sobre esta situação da necessidade de revisão da Lei de Finanças Regionais, o presidente da Câmara Municipal do Funchal salientou não só a Região Autónoma da Madeira ir receber, este ano, do Orçamento de Estado, via LFR menos 15 milhões de euros do que os Açores, como também o que a Madeira tem recebido a menos ao longo dos anos, uma valor que ultrapassa os mil milhões de euros.
A defesa do Centro Internacional de Negócios da Madeira e do seu Registo Internacional de Navios (MAR) foi outro dos pontos que abordou, acusando o Estado de «não defender os postos de trabalho» que o CINM cria na Região.
O presidente da Câmara Municipal do Funchal apontou ainda, nas palavras que dirigiu a uma auditório cheio de contabilistas certificados, que espera que, agora que há uma maioria absoluta, o governo da república seja capaz de efectuar «as reformas essenciais» de que o país precisa para evoluir e se desenvolver, apontando, como exemplo, a necessidade de alterar a legislação laboral para que seja adequada ao que as empresas precisam.